NYPD espionou mais de 1000x sem mandado com Stingray

Documentos obtidos pelo New York Civil Liberties Union (NYCLU) deste mês mostram que o Departamento de Polícia de Nova Iorque usou STINGRAY mais de 1.000 vezes desde 2008 SEM MANDADO OU AUTORIZAÇÃO.

Originalmente desenvolvido para as agências militares e de inteligência, STINGRAY são dispositivos de vigilância que se fazem passar por torres de celular em um esforço para obter, dos telefones móveis nas proximidade, dados de identificação (por exemplo, IMSI e ESN) e informações de localização. Em alguns casos, Stingray (que não requerem o envolvimento das Operadoras de telefonia móvel), pode ser usado para obter os números marcados e o conteúdo das comunicações.
Em resposta a Lei de Liberdade de Informação (Foil) apresentados pela NYCLU , o NYPD forneceu documentos comprovando de que o departamento de polícia vem utilizando os dispositivos controversos em suas investigações. O problema, de acordo com os defensores das liberdades civis, é que Stingrays foram utilizados 1.016 vezes entre 2008 e maio 2015 com base apenas em ordens judiciais de nivel inferior, sem as devidas garantias. Outra questão é que o NYPD não ter escrito políticas sobre o uso de simuladores de célula (Torres de Antenas).
A NYCLU está preocupado com o fato de que, o uso de dispositivos de vigilância, sem uma política clara e um mandado, coloca a privacidade dos nova-iorquinos em risco. Isso é porque a intercepção é de todos os usuários de telefone celular nas proximidades, e não apenas o dispositivo alvo. Além disso, as ordens judiciais de nível inferior podem ser obtidas mais facilmente pela polícia porque elas requerem apenas que a informação seja relevante para uma investigação criminal em curso.
A NYCLU publicou os registros em abril 2015 mostrando que o Gabinete do Erie County Sheriff, em Nova York, utilizou Stingray 47 vezes ao longo de 4 anos, mas apenas uma vez obteve uma ordem judicial para a sua utilização.
Todos estamos vulneráveis
Isso demonstra como todos nós estamos vulneráveis a equipamentos que, de uma forma ou de outra, legalmente ou não, podem ser utilizados na quebra da privacidade digital.
Este tipo de equipamento é vendido em "mercado-negro" e basta um veículo com ele dentro para que se monitore celulares num raio expressivo - centenas de metros dos alvos. Todas as comunicações podem ser interceptadas e/ou selecionadas dentre todas que possam aparecer no rastreio.
Em outras palavras: pode-se parar um veículo em frente ou dentro da garagem de sua empresa - disfarçado de visita para apresentação comercial - e de lá monitorar as comunicações de celulares ou tablets, selecionáveis.
E por ser fazer passar como "antena", não há ainda qualquer tipo de contra-medida ou proteção contra este tipo de espionagem.