Facebook, Google, WhatsApp: aumentar o poder da criptografia - vaporware

O The Guardian revela que os grandes - Facebook, Google, Snapchat e WhatsApp - planejam aumentar o uso e eficiência da criptografia em seus produtos, da mesma forma que a Apple vem anunciando, em sua briga com o FBI.
Este tipo de ação vem publicamente suportar as ações da Apple na questão de San Bernardino - a imposição do FBI e Justiça norte-americana em decriptografar informações num determinado iPhone de um criminoso.
De acordo com The Guardian:
WhatsApp irá codificar as mensagens de voz, como já faz com as mensagens de texto.
Snapchat já está trabalhando em um sistema de mensagens seguras.
Google já está explorando outros usos para o projeto de criptografia de seus emails, em curso.
Twitter já pesquisou criptografia mas não a implementou por não achá-la comercialmente amigável o suficiente para seus usuários - a prioridade até então.
Puro vaporware...
Existem modelos criptográficos simétricos/híbridos que podem estabelecer uma comunicação segura da mesma forma que militares e agências se segurança utilizam. Por que não se valem deste modelos? Precisam criar ou estudar algo novo? Definitivamente: não. Tais modelos são comprovadamente eficazes e eficientes!
E na questão dos mobiles - intrinsicamente inseguros - como serão protegidos antes e depois da criptografia? Quero dizer, a informação pode ser capturada antes de ser codificada e depois de ser decodificada; um fato inquestionável! Logo, tentar vender algo como SEGURO numa plataforma reconhecidamente INSEGURA, não é apenas uma ilusão, uma sensação de segurança?

Lembro também que uma conexão SSL/TLS pode ser chamada de "criptografia" (e de fato o é), mas a forma com que é feita é imperfeita, motivo pelo qual vários ataques sobre "redes seguras" e VPN conseguem sucesso. Logo, dizer que "vamos colocar mensagens voz de forma criptografada" pode ser apenas estabelecer conexões SSL/TLS para elas - o que as fariam vulneráveis aos ataques laterais, como por exemplo, os conduzidos pela NSA nos roteadores e firewalls que estão na interface de tais comunicações.
Finalizo sempre nos mesmos pontos, que para mim não são claros: existem Leis que obrigam todos os produtos norte-americanos (diretamente) ou de seus parceiros comerciais (indiretamente) a possuirem backdoors ou outras formas de acesso ao Governo norte-americano: CALEA (Communication Assistance for Law Enforcement Act), EAR (Export Administration Regulations, item 742.15 e as relacionadas), os termos da ELA (Encryption Licensing Arragements), o CCL (Commerce Control List, Category 5, Part 2,"Information Security"), os códigos ECCN para algoritmos e criptografia (Export Control Classification Number), o Patriot Act, entre outros.
Se quiser entender meu ponto de vista sobre a notícia do The Guardian, sugiro uma leitura no artigo "A Falácia da Apple versus FBI" que publiquei no Linked-IN, onde traço um cenário interessante sobre o que acredito.