Serviço Secreto Alemão confirma: Rússia promove ataques

O Serviço Secreto Interno da Alemanha (BfV), disse nesta sexta-feira que tinha provas de que a Rússia estava por trás de uma série de ataques cibernéticos, incluindo um em que o alvo foi o parlamento alemão, no ano passado.
As operações citadas pela agência de inteligência BfV variou, de um ataque agressivo chamado Sofacy (ou APT 28) que atingiu membros da OTAN e derrubou a emissora francesa de televisão TV5Monde, à uma campanha hacker chamada Sandstorm, que derrubou parte da rede de energia da Ucrânia no ano passado.
"O ciberespaço é um lugar para a guerra híbrida. Abre-se um novo espaço de operações para a espionagem e sabotagem", disse Hans-Georg Maassen, que dirige a agência BfV. "As campanhas sendo monitorados pelo BfV são geralmente sobre a obtenção de informações, que é espionagem", disse ele. "No entanto, os serviços secretos russos também têm demonstrado uma prontidão para realizar sabotagem."
O BfV disse que os "ataques cibernéticos efectuados pelos serviços secretos russos são parte de operações internacionais plurianuais que visam a obtenção de informações estratégicas."
A operação incluiu a tentativa de hacking dos sistemas de computador do conselho de Segurança Holandês por espiões russos, que pretendiam acessar um relatório final sensível sobre o tiroteio ocorrido em julho 2014 ao vôo MH17 sobre a Ucrânia, de acordo com especialistas em segurança da Trend Micro. Outra destas operações também derrubaram o canal de televisão francês TV5Monde em abril passado, fechando as transmissões e colocando mensagens de propaganda jihadista no site da estação, no Facebook e Twitter.
A BfV disse que os alvos não são apenas os cargos no governo, mas "também companhias de telecomunicações, fornecedores de energia, bem como instalações de ensino superior" (nota: obviamente atrás de informações de patentes e tecnologia avançada).
O Ocidente vem impulsionando recursos e apertando a cooperação para lutar contra a ameaça crescente de ataques cibernéticos internacionais, com a defesa cibernética designada como uma tarefa central da OTAN.
Enquanto isso, no Brasil, nossas linhas de defesa contra ataques cibernéticos estão cada vez mais sucateadas e relegadas ao último plano - é como se o nosso Governo (até então) sabotasse, ele mesmo, o que o mundo entende como prioridade máxima e o grande foco de uma guerra no século XXI.